quarta-feira, 11 de maio de 2011

                                        
                             DIA DE PENTECOSTES 


Nas suas origens, o Pentecostes era uma festa agrícola judaica em que se ofereciam a Deus os melhores feixes da colheita. Era uma festa não só de alegria e de encontro das famílias, como também de partilha com os mais necessitados.
Era celebrada sete semanas (cinqüenta dias) depois da Páscoa, encerrando as solenidades pascais. Por isso, também se chamava Festa das Semanas.

Pentecostes
A partir das reformas de Esdras e Neemias, em meados do século V a.c., a Festa de Pentecostes passou a celebrar o Dom da Lei no Sinai, a festa da Aliança entre Deus e o povo.
Com base nas tradições e nos costumes judaicos a respeito de Pentecostes, Lucas construiu sua narrativa para falar de um novo Pentecostes: a presença do Espírito Santo guiando a missão dos evangelizadores no anúncio da Palavra de Deus.
Assim, cinqüenta dias após a Páscoa, a Festa de Pentecostes celebra o dom do Espírito Santo enviado por Deus à Igreja.
A promessa de Jesus aos seus discípulos se realiza: "Mas recebereis o poder do Espírito Santo que virá sobre vós, para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra" (At 1,8).
Jerusalém é o lugar onde termina o "tempo de Jesus" e começa o "tempo da Igreja". Os "atos" de Jesus começam na Galiléia e terminam em Jerusalém. Os "atos" dos apóstolos começam em Jerusalém e vão até os confins do mundo.
Portanto, Jerusalém é ponto de chegada e ponto de partida. É o lugar da manifestação do Espírito Santo de Deus, que encoraja os apóstolos para a missão.
No dia de Pentecostes, os discípulos estavam reunidos em Jerusalém. Depois dos acontecimentos da Páscoa, ficaram cheios de medo. Viviam juntos, desligados do mundo, mas eis que o Espírito Santo, dom de Deus, veio sobre eles.
Assim, aquele grupo de homens e mulheres amedrontados adquiriu a consciência de ser uma comunidade, uma Igreja, isto é, o corpo místico de Cristo. Todos sentiram que Jesus estava entre eles, mais ainda do que antes, porque, na realidade, Jesus não mais estava com eles, estava neles.

Então a Igreja se manifestou publicamente e começou a difundir o Evangelho mediante a pregação.

Nos dias que antecedem Pentecostes, a oração é o melhor caminho para se entrar em intimidade com o Espírito Santo e cultivar sua amizade. Se nos deixarmos conduzir pelo Espírito Santo, nossa oração será espontânea, contínua e brotará como uma fonte de água fresca que jorra da rocha.
Ao invocarmos o Espírito de Amor, enchemos a alma de alegria plena e inundamos o coração de paz inalterável.

Crer no Espírito Santo, entretanto, não é só crer na existência de uma terceira pessoa na Trindade, mas crer também na sua presença entre nós, em nosso próprio coração.
Crer no Espírito Santo significa bendizê-lo, adorá-lo e glorificá-lo em nós mesmos e no outro.





Dia de Pentecostes


Nesta, o povo oferecia a Deus os primeiros frutos que a terra tinha produzido. Mais tarde, tornou-se também a festa da renovação da Aliança do Sinai (Ex 19, 1-16).
No Novo Testamento, o Pentecostes está relatado no livro dos Atos dos Apóstolos 2, 1-13. Como era costume, os discípulos, juntamente com Maria, mãe de Jesus, estavam reunidos para a celebração do Pentecostes judaico.

De acordo com o relato, durante a celebração, ouviu-se um ruído, "como se soprasse um vento impetuoso". "Línguas de fogo" pousaram sobre os apóstolos e todos ficaram repletos do Espírito Santo e começaram a falar em diversas línguas.
Pentecostes é a coroação da Páscoa de Cristo. Nele, acontece a plenificação da Páscoa, pois a vinda do Espírito sobre os discípulos manifesta a riqueza da vida nova do Ressuscitado no coração, na vida e na missão dos discípulos.
Podemos notar a importância de Pentecostes nas palavras do Patriarca Atenágoras (1948-1972): "Sem o Espírito Santo, Deus está distante, o Cristo permanece no passado, o evangelho uma letra morta, a Igreja uma simples organização, a autoridade um poder, a missão uma propaganda, o culto um arcaísmo, e a ação moral uma ação de escravos".
O Espírito traz presente o Ressuscitado à sua Igreja e lhe garante a vida e a eficácia da missão.

Dada sua importância, a celebração do Domingo de Pentecostes inicia-se com uma vigília, no sábado. É a preparação para a vinda do Espírito Santo, que comunica seus dons à Igreja nascente.

O Pentecostes é, portanto, a celebração da efusão do Espírito Santo. Os sinais externos, descritos no livro dos Atos dos Apóstolos, são uma confirmação da descida do Espírito: ruídos vindos do céu, vento forte e chamas de fogo.

Para os cristãos, o Pentecostes marca o nascimento da Igreja e sua vocação para a missão universal.



Nenhum comentário:

Postar um comentário